As micro e pequenas indústrias brasileiras enfrentam diversos desafios para se tornarem exportadoras, incluindo alta carga de impostos, falta de infraestrutura, acesso limitado a crédito e escassez de mão de obra capacitada, além de problemas logísticos. Essa é a conclusão de um levantamento realizado pelo Datafolha em parceria com o Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo).
De acordo com a pesquisa, 30% das micros e pequenas empresas do setor têm o desejo de se tornarem exportadoras, no entanto, apenas 2% delas conseguem vender produtos ou prestar serviços para outros países. Entre os entrevistados, 65% consideram as indústrias brasileiras menos competitivas em comparação com seus concorrentes de países industrializados, enquanto 19% acreditam que a competição ocorre em igualdade de condições.
O estudo revela que a maior vantagem das indústrias estrangeiras em relação às brasileiras está nos custos de produção, seguida pelo apoio governamental e inovação tecnológica. Para as empresas de porte menor, 15% apontam a carga tributária e a falta de infraestrutura como as principais dificuldades para operar no mercado internacional, seguidas pela escassez de crédito e financiamento, com 14%.
Outros obstáculos mencionados na pesquisa incluem a falta de capacitação da mão de obra (12%), baixa competitividade e instabilidade da taxa de câmbio (5%), carência de inovação e tecnologia (4%), além das barreiras internacionais (4%).
Esses resultados evidenciam a necessidade de ações governamentais e investimentos estratégicos para fortalecer o setor industrial brasileiro, melhorando sua competitividade no mercado global. Além disso, medidas para reduzir a burocracia e facilitar o acesso a crédito e capacitação são fundamentais para impulsionar o potencial exportador das micro e pequenas indústrias do país.
