A Comissão Especial para Debate de Políticas Públicas sobre Hidrogênio Verde (CEHV) vai conhecer ‘in loco’, os projetos e produção de energia limpa no Rio Grande do Norte. Além da visita, será realizada em território potiguar, em data a ser agendada, uma audiência pública sobre a produção de hidrogênio verde, com a presença de órgãos governamentais, do setor produtivo e do terceiro setor,
Na avaliação do autor do requerimento, senador Otto Alencar (PSD-BA), o Rio Grande do Norte tem diversos empreendimentos que geram energia limpa e renovável, como parques eólicos e usinas de biomassa, experiência que pode ajudar nos trabalhos da comissão.
“O uso do Hidrogênio Verde está sendo discutido como uma alternativa para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e combater as mudanças climáticas. É uma fonte de energia limpa e renovável, produzida a partir de fontes de energia limpa, como a energia eólica, solar, hidráulica e de biocombustíveis. Os estados do Nordeste têm se destacado com várias iniciativas na produção de energia limpa e renovável”, afirma Otto no requerimento.
Na última segunda-feira, 29, o governo do Rio Grande do Norte iniciou tratativas com uma empresa especializada para a criação de projetos de produção de hidrogênio verde no estado. Um memorarando de entendimentos foi assinado com a EDF Renewables, líder global em energia renovável, e com a Internacional Energias Renováveis – IER, para o desenvolvimento de ações de mútua cooperação e intercâmbio visando o desenvolvimento de projetos de geração de energia eólica offshore e produção de hidrogênio verde no Estado.
A EDF Renewables tem planos de desenvolver, construir, operar e manter um complexo eólico em alto mar, no litoral do Rio Grande do Norte, com capacidade estimada de até 2 GW e previsão de início das atividades em 2030. A experiência internacional da EDF Renewables, que conta com mais de 1 GW em operação e mais de 10 GW em construção e em desenvolvimento no segmento offshore ao redor do mundo, garante a capacidade técnica necessária para a viabilização do projeto.
O complexo eólico offshore no Rio Grande do Norte é desenvolvido em conjunto com a Internacional Energias Renováveis (IER), empresa Potiguar de projetos de geração de energia renovável, que, desde 2020, atua no desenvolvimento do empreendimento. A parceria e a estruturação inicial entre a EDF Renewables e a IER foi assessorada pela SUNSTO Renováveis, empresa de desenvolvimento e estruturação de projetos renováveis.
Sobre a comissão
A comissão especial sobre hidrogênio verde foi criada em 14 de março pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, com o objetivo de fomentar o hidrigênio verde cimi fonte energética no Brasil. Segundo o ato de Pacheco, é preciso avaliar políticas públicas e priorizar as propostas em tramitação no Congresso sobre o tema. A comissão é temporária e vai funcionar em 2023 e 2024.
Segundo a Agência Senado, o hidrogênio verde é uma solução energética que tem ganhado espaço estratégico em governos e em empresas. Isso porque une a possibilidade de descarbonizar a economia (reduzir a emissão de gás carbônico pelas atividades econômicas) com as vantagens de ter o hidrogênio como fonte de energia.
Para ser fonte de energia, o hidrogênio precisa ser produzido. Apesar de ser o elemento químico mais abundante, não é facilmente encontrado na natureza em sua forma pura. O hidrogênio verde se refere à técnica de produção por meio da eletrólise, que separa o hidrogênio da água por meio de fontes de energia renováveis, como a solar ou a eólica.