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Ministro Alexandre de Moraes suspende julgamento sobre propriedade da marca iPhone no Brasil

STF suspende julgamento sobre propriedade da marca iPhone no Brasil. Ministro Alexandre de Moraes analisa caso entre Apple e Gradiente.
STF aprova contribuição Sindical.
Foto: Divulgação

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspende julgamento sobre propriedade da marca iPhone no Brasil. Na sexta-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes solicitou mais tempo para estudar o caso, movimento jurídico conhecido como ‘pedir vista’.

Até o momento, a gigante multinacional americana Apple está à frente na disputa, com 2 votos a 1. A batalha entre a Apple e a Gradiente, renomada empresa de eletrônicos do Brasil, pela exclusividade no uso da marca ‘iPhone’ no país, já dura mais de uma década.

O início do julgamento ocorreu na sexta-feira (2), com um questionamento fundamental: Quem tem o direito de usar a marca ‘iPhone’ no Brasil – a indústria brasileira ou a gigante americana?

Contextualizando a Disputa

O embate entre Apple e Gradiente remonta ao ano 2000. Neste período, antevendo a fusão emergente entre internet e telefonia móvel, a Gradiente solicitou o registro da marca “G Gradiente Iphone” ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Contudo, o INPI demorou oito anos para oficializar esse pedido, concedendo o registro em 2008.

Enquanto isso, em 2007, a Apple lançou o revolucionário iPhone nos Estados Unidos. Quando os dispositivos da Apple alcançaram o mercado brasileiro e a empresa tentou registrar o nome ‘iPhone’, deparou-se com o registro prévio da Gradiente.

Isto levou a Apple a entrar com uma ação judicial contra a Gradiente em 2012, na tentativa de anular o registro da empresa brasileira. A Apple argumenta que, mesmo antes do lançamento do iPhone como conhecemos hoje, já utilizava a marca iPhone para referir-se a celulares desde 1998.

O Ministro Dias Toffoli, relator da ação, manifestou-se favoravelmente à Gradiente. Segundo Toffoli, a demora do INPI na concessão do registro não poderia anular a exclusividade da marca para quem a registrou primeiro, mesmo que a marca tenha posteriormente adquirido uso consagrado globalmente por um concorrente.

O Que Vem a Seguir?

Aguarda-se agora a retomada e conclusão do julgamento pelo STF. Em 2018, a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o registro da marca pela Gradiente é legal, mas não impede a Apple de usar a marca ‘iPhone’ no Brasil, devido à sua forte associação global com a empresa americana. A decisão final do STF, portanto, ainda pende, sendo esta uma das disputas de marca mais emblemáticas dos últimos tempos

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