A inteligência artificial (IA) generativa pode agregar até US$ 4,4 trilhões de valor à economia global anualmente (cerca de R$ 21,3 trilhões) até 2033, conforme estudo do McKinsey Global Institute. Este é um dos cenários mais otimistas sobre o impacto econômico dessa tecnologia em evolução acelerada.
O relatório de 68 páginas, publicado na quarta-feira (14/06), indica que metade de todos os empregos poderá ser automatizada entre 2030 e 2060, com possibilidade de incrementar a produtividade, poupando de 60% a 70% do tempo dos trabalhadores através da automação de suas funções.
O estudo ainda ressaltou os principais desafios que líderes e reguladores do setor enfrentarão, incluindo preocupações com conteúdo enganoso e impreciso gerado por estas ferramentas, uma das maiores críticas à tecnologia até o momento.
Essa discussão surge em um contexto no qual o Vale do Silício se concentra em ferramentas de IA generativa como o ChatGPT e o Bard do Google, com empresas de tecnologia e venture capital investindo bilhões de dólares na tecnologia.
Entretanto, a evolução acelerada dessa tecnologia também gera debates sobre como estas ferramentas impactarão empregos e a economia global. Alguns especialistas projetam que a IA causará impactos em determinados empregos, enquanto outros argumentam que essas ferramentas podem aumentar a produtividade.
David Autor, professor de economia do M.I.T., alertou que a IA generativa “não será tão milagrosa quanto as pessoas acreditam”, conforme declarou à Exame. Ele aponta que a maioria dos estudos econômicos sobre IA generativa não leva em consideração outros riscos da tecnologia, como a possibilidade de disseminar informações falsas e de eventualmente escapar do controle humano.
Grande parte do valor econômico da IA generativa provavelmente será oriunda da assistência à automação de tarefas em operações de atendimento ao cliente, vendas, engenharia de software e pesquisa e desenvolvimento. A IA generativa tem o potencial de conferir “superpoderes” a profissionais altamente qualificados, visto que a tecnologia pode resumir e editar conteúdo.