No encontro realizado em Paris, durante a Cúpula do Novo Pacto Financeiro, uma importante medida foi anunciada pelo Banco Mundial. A instituição revelou a inclusão de uma nova cláusula em seus acordos com países mais vulneráveis às crises climáticas.
Essa cláusula inovadora prevê a suspensão temporária das dívidas desses países durante o período de recuperação de catástrofes climáticas. O objetivo é evitar a perda de credibilidade junto às agências de classificação de risco, facilitando a busca por investimentos e crédito.
A iniciativa já era aguardada e fez parte das discussões que alcançaram consenso nos grupos de trabalho prévios ao encontro em Paris. A inspiração para essa medida veio da primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, que propôs a iniciativa como parte da Bridgetown Initiative. Esse movimento foi criado para repensar o financiamento aos países mais vulneráveis ao clima, como é o caso da ilha caribenha de Barbados, que enfrenta atualmente uma temporada de furacões com fortes tempestades.
Outra medida relevante do Banco Mundial é o incentivo ao investimento privado nos países em desenvolvimento. O banco oferecerá uma garantia na proporção de um para um para os investimentos privados realizados em países classificados como mais arriscados.
No encerramento da cúpula, o presidente francês Emmanuel Macron destacou a decisão do Banco Mundial como um dos principais resultados das discussões. Ele espera que essas discussões avancem em futuros encontros de líderes globais, como o G20 em setembro, a reunião do FMI em outubro e a COP28 do Clima em novembro.