CEO da BScash, fintech do Grupo BSPAR, do empresário Beto Studart, Rafaela Mota é formada em Administração e possui MBA em Gestão Financeira e Controladoria pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e MBA Executivo pela COPPEAD/UFRJ. Ela iniciou sua trajetória no grupo atuando na estruturação dos fundos de investimento e, há três anos, assumiu o desafio de liderar a BScash — plataforma moderna de gestão de pagamentos.
Nesta entrevista ao Economic News Brasil, Rafaela fala sobre os planos da fintech, a pauta da inclusão financeira e o papel da liderança feminina no grupo.
Como a BScash opera e qual é o principal produto da plataforma?
O Grupo BSPAR é muito conhecido pelo segmento da construção civil, mas atua no mercado financeiro desde 2009, por meio de fundos de investimento. Esses fundos trabalham com empresas de médio e grande porte. Há três anos, o empresário Beto Studart manifestou o desejo de levar essa experiência para a pessoa física, oferecendo uma relação mais justa e acessível no setor financeiro.
Assim nasceu a BScash, uma plataforma de gestão de pagamentos cujo principal produto é a gestão de folha de pagamento. Desenvolvemos uma tecnologia própria que permite personalização completa, atendendo às demandas específicas de departamentos financeiros e de RH. Atuamos hoje em 12 estados, oferecendo soluções que outras fintechs baseadas em modelos BaaS (Banking as a Service) não conseguem oferecer. Essa autonomia tecnológica é uma vantagem competitiva importante.
Como a pauta da inclusão está inserida na BScash?
A inclusão financeira é o propósito central da BScash. A pandemia acelerou a digitalização, mas percebemos que o acesso ainda é desigual. As pessoas de menor renda continuam pagando tarifas altas e enfrentando serviços pouco acessíveis. Nosso objetivo é digitalizar o acesso de forma justa, levando uma experiência mais equilibrada e transparente. Hoje, praticamente todos têm um smartphone, mas ainda há um longo caminho até que o acesso seja realmente democrático.
Desde o lançamento da BScash, quais avanços já foram observados?
Optamos por desenvolver uma plataforma própria, o que não foi o caminho mais fácil, mas certamente o mais sólido. Essa escolha nos dá flexibilidade e valor agregado. Também criamos uma rede de compras exclusiva, com mais de 2 mil estabelecimentos credenciados no Ceará, onde o usuário pode realizar compras, sacar valores e receber cashback. Essa integração amplia os benefícios e fortalece o ecossistema de uso da plataforma.
Quais são os planos futuros da BScash?
Com base no nosso propósito de inclusão, buscamos uma atuação nacional. Já estamos em 12 estados e trabalhamos para consolidar presença em todo o país. O próximo passo é ampliar parcerias e desenvolver novos produtos, aproveitando nossa autonomia tecnológica.
A plataforma digital é o coração do negócio — e a capacidade de customizá-la rapidamente é o que nos diferencia no mercado. Nosso foco é continuar inovando e crescendo com sustentabilidade.
Como a liderança feminina é trabalhada no Grupo BSPAR?
Liderança é liderança. Nunca enxerguei o gênero como um fator limitador. No Grupo BSPAR, essa visão é natural. O doutor Beto Studart valoriza o papel das mulheres, destacando características como comprometimento, organização e dedicação. Atualmente, cerca de 90% dos cargos de diretoria do grupo são ocupados por mulheres — e com equiparação salarial. É um ambiente em que o mérito prevalece.
Na sua opinião, quais fatores são essenciais para uma boa liderança?
Vivemos uma rotina acelerada, e as mulheres exercem papéis múltiplos dentro e fora de casa. Isso exige equilíbrio e sensibilidade. Acredito que um bom líder precisa saber escutar. Escutar a equipe é o que gera engajamento e confiança. É impossível conduzir uma organização de forma efetiva sem compreender as pessoas que fazem parte dela.
Ao final da entrevista, a CEO da BScash agradeceu a oportunidade de compartilhar sua trajetória e os planos da fintech para os próximos anos, reforçando o compromisso do Grupo BSPAR com a inovação e a inclusão financeira.









