O mercado ilegal de bebidas alcoólicas registrou uma expressiva expansão neste primeiro trimestre. De acordo com números inéditos da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), a falsificação de produtos cresceu 98% quando comparado com o mesmo período de 2022. Foram apreendidas 56,2 mil garrafas nos primeiros três meses deste ano. Os produtos que entraram e saíram do país sem pagar os impostos devidos seguiram pelo mesmo caminho. Um aumento de 56% nas garrafas apreendidas (um total de 56 mil) entre janeiro e março deste ano em comparação com igual período de 2022.
A ilegalidade no mercado de bebidas alcoólicas afeta diversas categorias, com destaque para os destilados, como a cachaça, que são especialmente visados pelo contrabando e falsificação.
A Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), entidade que representa os fabricantes e importadores de bebidas alcoólicas no Brasil desde 1974, alerta para a gravidade do problema. Segundo a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), os destilados ilícitos correspondem a aproximadamente 36% do volume total de bebidas destiladas comercializadas no país.
A Abrabe ressalta a importância de tomar precauções ao adquirir bebidas, a fim de detectar possíveis adulterações. Alguns cuidados fundamentais incluem:
- Verificar o volume da garrafa, evitando quantidades muito baixas ou muito altas, já que as empresas têm testes de qualidade padronizados;
- Observar se o lacre de segurança está intacto;
- Prestar atenção à coloração do líquido;
- Verificar se o rótulo contém advertência sobre consumo excessivo de álcool;
- Desconfiar de preços muito baixos ou ofertas fora do comum;
- Priorizar a compra em lojas de confiança.
E importante alertar para os riscos de intoxicação e desenvolvimento de alergias causados pelo consumo dessas bebidas adulteradas. É essencial que os consumidores estejam atentos e tomem medidas para proteger sua saúde e segurança.
