O governo chinês anunciou a publicação de medidas provisórias para administrar sua crescente indústria de inteligência artificial generativa (IA). As regras, que entrarão em vigor em 15 de agosto, têm como objetivo apoiar o desenvolvimento da tecnologia, mas serão aplicadas apenas a serviços oferecidos ao público.
Essas medidas representam um marco significativo, uma vez que a China encerra anos de repressão sobre a indústria de tecnologia e busca rivalizar com os Estados Unidos no campo da IA. O país tem como objetivo se tornar líder mundial em IA até 2030 e está à frente em termos de regulação, enquanto outros governos ao redor do mundo tentam estabelecer suas próprias barreiras para essa tecnologia, popularizada pelo sucesso do chatbot ChatGPT, da OpenAI.
Antes do lançamento das regras, as empresas chinesas haviam evitado disponibilizar chatbots ao público, aguardando a finalização das diretrizes governamentais e a aprovação de seus produtos. Agora, com as medidas em vigor, as empresas de IA generativa devem apresentar avaliações de segurança antes de lançar suas ofertas ao público.
A Administração do Ciberespaço da China (CAC), órgão regulador responsável pela implementação das regras, enfatizou a necessidade de alinhamento do conteúdo gerado pela IA generativa com os principais valores do país. Os provedores de serviços também devem garantir que não haja violação de direitos de propriedade intelectual e devem utilizar fontes de dados legítimas.
