A expansão do mercado livre de energia será um dos principais fatores impulsionadores do crescimento do setor eólico onshore nos próximos 10 anos na América do Sul. De acordo com um novo relatório da Wood Mackenzie, a capacidade eólica onshore na região deve adicionar 41,2 gigawatts (GW) de projetos até 2032.
A pesquisa aponta que a América do Sul alcançará uma capacidade acumulada de 75 GW até 2032, em comparação com os cerca de 34 GW no final de 2022. O Brasil liderará esse crescimento, com a expectativa de adicionar 23 GW, representando 56% do crescimento total. O Chile também se destacará nesse período, segundo o relatório intitulado “Perspectivas para a energia eólica onshore na América do Sul”.
Além disso, a Wood Mackenzie destaca que o hidrogênio verde terá um papel importante no longo prazo, com o Brasil e o Chile adicionando 1,5 GW de capacidade até 2032 para impulsionar essa atividade. Embora vários projetos de vários gigawatts já tenham sido anunciados, eles ainda estão em estágio inicial de desenvolvimento e só devem ser ampliados após 2030.
No Brasil, o primeiro semestre de 2023 registrou um aumento significativo na capacidade instalada de geração de energia elétrica, com um acréscimo de 5,1 GW. Dos 160 empreendimentos que entraram em operação comercial entre janeiro e junho, 67 são provenientes de fonte eólica, totalizando 2,3 GW (44,53% do total); 59 são usinas solares fotovoltaicas, com 2,2 GW (42,76%); 23 são termelétricas, com 521,4 MW (10,13%); oito são pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), com 121,5 MW (2,36%); e três são centrais geradoras hidrelétricas, com 11,4 MW (0,22%).
Os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicam que o segundo semestre de 2023 promete marcar novos recordes de produção de energia eólica. Nos primeiros quatro dias de julho, a geração de energia proveniente dessa fonte renovável atingiu a marca de 17.110 MW, correspondendo a 24,3% da demanda total do Sistema Interligado Nacional (SIN). Esse desempenho reforça a importância e o potencial da energia eólica para o suprimento energético do país.
