No dia 21 de sexta-feira, o IRB (IRBR3) divulgou seus resultados de maio, apresentando uma queda de 96,2% no prejuízo em relação ao ano anterior. No entanto, a companhia de resseguros registrou perdas de R$ 10,4 milhões no mês, o que foi apontado como um ponto de preocupação pelos analistas.
O Citi ressaltou que os resultados de subscrição foram negativos em R$ 21 milhões, principalmente devido à sinistralidade de 82,5%, acima dos níveis anteriores. Além disso, os prêmios emitidos tiveram uma redução de 8% na comparação anual.
O resultado financeiro foi de R$ 50 milhões, mostrando melhora em relação a abril, porém ainda sem um desempenho forte. O Citi avaliou que o número fraco traz de volta as preocupações sobre a suficiência de capital e reforça a recomendação de venda para os papéis, com preço-alvo de R$ 25, o que representa um valor 49% menor em relação ao fechamento de sexta-feira.
O JPMorgan também tem uma recomendação de venda (underweight) para os ativos IRBR3 e destacou que o prejuízo de maio representa uma piora em relação ao primeiro trimestre, após o ajuste com o acordo nos EUA.
O índice combinado encerrou o mês em 115,0%, acima dos 107,5% registrados em abril. Esse índice é resultado da divisão entre sinistros retidos, custo de aquisição, tributos sobre a receita e despesas gerais e administrativas, e prêmios ganhos em um determinado período.
Os analistas do JPMorgan apontaram que o recente rali das ações provavelmente foi impulsionado pelas expectativas de que o índice combinado convergisse para 95% a curto e médio prazo. No ano, as ações IRBR3 tiveram uma alta de 90,85%, a segunda maior do Ibovespa em 2023.
