Em um movimento surpreendente, a Volkswagen anunciou a suspensão do layoff, que seria aplicado aos funcionários da fábrica de Taubaté (SP), previsto para iniciar no dia 1º de agosto. Essa decisão foi motivada pelo aumento das vendas da empresa, especialmente impulsionadas pelo desempenho positivo do modelo Polo.
Inicialmente, a suspensão dos contratos teria uma duração de dois meses e atingiria um turno de produção na fábrica. No entanto, a montadora decidiu reverter essa medida e optar por férias coletivas de 10 dias para os dois turnos da unidade fabril. Essa alteração está prevista no Acordo Coletivo dos trabalhadores.
A Volkswagen informou que a fábrica de São José dos Pinhais ainda mantém um turno dos trabalhadores em layoff, que teve início em 5 de junho. Por outro lado, as unidades de São Bernardo do Campo (SP) e São Carlos (SP) estão operando normalmente, sem a necessidade de aplicar medidas de suspensão de contratos.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) havia informado que o layoff em Taubaté afetaria cerca de 800 trabalhadores, podendo se estender por até cinco meses. Inicialmente programada para junho, a medida foi reagendada para julho. O sindicato também ressaltou que a Volkswagen chegou a anunciar que não adotaria a suspensão dos contratos neste ano, após o lançamento do programa de carros populares pelo governo federal. No entanto, a decisão foi ajustada novamente devido à manutenção da taxa Selic.
A fábrica de Taubaté, de acordo com o acordo coletivo, garante estabilidade para os empregados até 2025. Atualmente, a unidade emprega cerca de 3,1 mil funcionários e é responsável pela produção do Polo Track. O cenário de aumento das vendas e a reviravolta na decisão da Volkswagen refletem a dinâmica do setor automotivo e suas constantes adaptações conforme as condições econômicas e de mercado.
