Resultados do segundo trimestre de 2023 (2T23) da empresa de telecomunicações Vivo (VIVT3), também conhecida como Telefônica Brasil, impressionaram positivamente o mercado, com um notável crescimento na receita (+7,6% em relação ao ano anterior). As receitas provenientes dos serviços móveis e FTTH (Fiber to the Home, ou “fibra óptica para casa”) cresceram ainda mais, com aumentos de 10,4% e 14,3%, respectivamente.
Além disso, a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações em relação à receita) subiu 1,2 ponto percentual em comparação ao ano anterior, impulsionada principalmente pelo desempenho sólido dos serviços móveis.O lucro líquido atingiu R$ 1,1 bilhão, registrando um impressionante aumento de cerca de 50% em relação ao ano anterior, superando as expectativas do mercado.
O Bradesco BBI destacou como principal ponto positivo do trimestre o crescimento expressivo do ARPU (receita média por usuário), que já era amplamente esperado. Com base nisso, avaliaram os resultados como neutros a marginalmente positivos para as ações da empresa.
O ARPU apresentou crescimento de 8,4% no segmento pós-pago (em comparação à queda de 1,8% no 1T23) e 7,5% no segmento pré-pago (em relação a 2,9% no 1T23), impulsionado pelas recentes iniciativas de reajustes de preços.
No 2T23, a Vivo registrou um crescimento de receita de serviço móvel de 10,4% em relação ao ano anterior, desacelerando em relação ao crescimento de 15,9% no 1T23, devido à base de comparação, que agora inclui completamente a incorporação da Oi.
A empresa relatou adições líquidas pós-pagas de 930 mil no 2T23 (em comparação com 82 mil adições líquidas no 1T23). O Bradesco BBI observa que os resultados da Vivo no 2T23 são considerados neutros a ligeiramente positivos para as ações, uma vez que a maioria das tendências já era amplamente esperada pelo mercado. No futuro, esperam que as ações da VIVT3 continuem oferecendo bons retornos por meio de dividendos (cerca de 10%), o que proporciona uma sólida proteção para os investidores.
A Genial, por sua vez, destaca que a empresa apresentou resultados sólidos em linha com suas expectativas, impulsionados por: (i) ajuste de preços que impulsionaram a receita móvel e fixa; (ii) desaceleração dos custos totais; (iii) lucro líquido surpreendentemente positivo. Com base nisso, reforçam sua recomendação de compra, estabelecendo o preço-alvo em R$ 55,00.