Os principais bancos centrais do mundo realizaram outra rodada de aumentos nas taxas de juros ao longo de toda a semana, mesmo diante da desaceleração da inflação, mas agora adotam uma postura mais cautelosa em relação a novas altas, indicando que o período de aperto monetário imposto ao longo do último ano pode estar chegando ao fim.
Tanto o Federal Reserve quanto o Banco Central Europeu (BCE) aumentaram suas taxas em 0,25 ponto percentual esta semana, mas deixaram em aberto a possibilidade de novos aumentos caso a inflação não continue caindo como esperado em ambos os lados do Atlântico.
O Banco da Inglaterra também é esperado para elevar suas taxas na próxima semana, após dados positivos sobre a inflação.
Por outro lado, nesta sexta-feira (28), o Banco do Japão abriu o debate sobre o encerramento de sua política ultrafrouxa.
Até então, o banco central japonês havia sido uma exceção, mantendo as taxas ultrabaixas, porém, surpreendeu os mercados ao ajustar sua política de controle de rendimento e permitir que os custos de empréstimos de longo prazo subissem mais, sinalizando perspectivas de inflação crescente.
Tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, a retórica em favor de mais aumentos de juros tem sido comum entre as principais autoridades desde o ano passado. Atualmente, a taxa de juros do Fed está na faixa de 5,25% a 5,50%, enquanto a taxa principal do BCE é de 3,75%.