O Banco Central da Colômbia manteve sua taxa básica de juros a 13,25% ao ano, em uma decisão unânime. No comunicado oficial, a autoridade destaca que a inflação continuou a cair em maio, liderada pelos preços mais baixos dos alimentos. No entanto, as taxas dos itens regulados e serviços aumentaram, e as medidas de inflação total (12,4%) e núcleos (10,5%) seguem distantes da meta de 3,0%.
Nos últimos meses, o peso colombiano se valorizou significativamente, e os prêmios de risco para a Colômbia diminuíram substancialmente, aponta o banco central. “Isso ocorreu em um contexto de alta incerteza na economia global e redução dos preços internacionais do petróleo”, afirma o órgão.
Em seguida à decisão, o presidente do BC colombiano, Leonardo Villa, menciona que os dirigentes têm considerado cortes de juros em todas as reuniões, porém, reitera que a decisão final visa alcançar a redução dos preços no país. O PIB da Colômbia registrou crescimento anual de 3,0% no primeiro trimestre de 2023. A moderação do dinamismo da procura interna induziu um ajustamento significativo do desequilíbrio externo do país, cujo déficit da balança corrente caiu para 4,2% do PIB. no primeiro trimestre de 2023, face a um déficit de 6,2% em 2022, aponta o banco central.
O Ministro da Fazenda da Colômbia, Ricardo Bonilla, destacou, em coletiva de imprensa, que a decisão foi unânime e que vem após dois meses consecutivos de desaceleração na inflação do país. A posição do banco central ressalta a contínua queda da inflação total em junho, indicando uma evolução favorável. No entanto, a alta persistente de 10,5% no núcleo da inflação é destacada, e ambas as métricas permanecem distantes da meta de 3,0%, alerta o BC. O Conselho do BC colombiano enfatiza que a decisão é consistente com o objetivo de trazer a inflação de volta à meta, e que futuras decisões estarão sujeitas aos dados disponíveis.