O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, refutou categoricamente os rumores de que a empresa aumentaria os preços dos combustíveis entre hoje e amanhã. Em declaração à imprensa após uma reunião com o presidente da República, Lula, juntamente com todos os diretores da companhia e outras autoridades, Prates assegurou que em nenhum momento foi discutida a possibilidade de aumento imediato dos preços.
“Não falamos sobre preços na reunião. Podemos, eventualmente, ter que aumentar no futuro, mas, no momento, estamos confortáveis com a volatilidade atual”, afirmou o ex-senador. Ele também destacou que o preço do petróleo está em queda no momento. “Se o valor do petróleo se estabilizar em outro patamar, avaliaremos a necessidade de ajuste”, garantiu Prates em entrevista ao Broadcast.
A reunião de duas horas teve como objetivo apresentar os investimentos planejados pela estatal e o que já foi realizado nos seis primeiros meses de sua gestão. “Focamos nos investimentos e também no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), reunindo nossos diretores com representantes do Ministério de Minas e Energia e da Casa Civil. Foi uma organização geral dos temas com os ministros e o Presidente”, explicou o presidente da Petrobras.
Prates também abordou a questão dos aumentos de preços ocorridos em gestões anteriores da empresa, mencionando o caso de 2017 em que, devido ao Programa de Paridade de Importação (PPI), uma greve de caminhoneiros expôs as falhas na política de preços adotada na época. “Em 2017, tivemos 118 reajustes em um único ano, o que desestabilizou o mercado”, relembrou Prates.
O executivo ainda ressaltou que os importadores ineficientes são os principais críticos da falta de reajustes, mas ele afirma que, para a Petrobras, não há uma diferença de 25% entre os preços de venda na refinaria e os preços do mercado internacional. “Até nisso a Petrobras é mais eficiente. Para nós, não existe esse descolamento de preços de 25% como apontam”, concluiu o presidente da empresa estatal.