A American Airlines anunciou estar em negociações para adquirir 100 aviões de fuselagem estreita junto às fabricantes Airbus e Boeing. Segundo informações da agência Bloomberg, a companhia aérea está considerando a compra de aeronaves A321neo e 737 MAX, com o pedido podendo ultrapassar a marca de 200 unidades, incluindo direitos e opções de compra.
O objetivo da American Airlines é substituir parte de sua frota de corredor único, que atualmente inclui modelos como A319, A320 e 737-800, utilizados em rotas domésticas e voos internacionais de média distância.
A previsão para o ano de 2023 é que a American Airlines receba um total de 23 novas aeronaves, sendo dois A321neo, 17 737 MAX e quatro 787-8, finalizando o ano com uma frota composta por 957 aviões.
Essas negociações acontecem em meio à corrida das companhias aéreas em garantir novas aeronaves para atender à crescente demanda por viagens. No entanto, tanto a Airbus quanto a Boeing têm enfrentado desafios em suas cadeias de suprimentos, o que tem impactado os prazos de entrega.
Para lidar com a demanda, a American Airlines planeja produzir 38 aeronaves 737 MAX por mês até o final deste ano, aumentando o ritmo para 42 unidades mensais em meados de 2024. Enquanto isso, a Airbus espera chegar a 65 aeronaves da família A320neo por mês no final de 2024 e atingir a marca de 75 unidades em 2026.
Além das fabricantes, fornecedores de peças e motores também têm enfrentado desafios operacionais, o que dificulta ainda mais o aumento da capacidade por parte das companhias aéreas.
Diante desse cenário, as empresas do setor têm feito pedidos bilionários para garantir os slots de produção e a entrega de aviões que serão utilizados para atender à demanda estimada para as próximas duas décadas.
De acordo com as projeções recentes das fabricantes, o mercado deve precisar de aproximadamente 40.000 novos aviões nos próximos vinte anos, sendo que 80% das vendas estarão concentradas nos jatos de fuselagem estreita.