A BB Seguridade, holding responsável pelas áreas de seguros, previdência e capitalização do Banco do Brasil, divulgou nesta segunda-feira (7) o balanço do segundo trimestre deste ano, apresentando um lucro líquido de R$ 1,841 bilhão. Esse resultado representa um crescimento de 30,9% em relação ao mesmo período do ano passado e um aumento de 4,1% em comparação com o primeiro trimestre de 2023.
No acumulado do primeiro semestre, a BB Seguridade alcançou um lucro líquido de R$ 3,601 bilhões, registrando um crescimento expressivo de 39,3% em relação ao mesmo período de 2022. A empresa atribui esse resultado ao desempenho comercial positivo nos setores de seguros, previdência e capitalização, além da melhora na sinistralidade e o crescimento do resultado financeiro.
No primeiro semestre do ano passado, a Brasilseg, empresa de seguros do grupo, enfrentou um aumento de sinistralidade devido aos impactos do fenômeno climático La Niña, que provocou seca na região Centro-Sul do país. A companhia, líder em seguro rural, teve um alto volume de pedidos de indenização entre janeiro e março de 2022.
Já no segundo trimestre de 2023, o crescimento do lucro foi impulsionado principalmente pela Brasilseg, que apresentou evolução dos prêmios ganhos e do resultado financeiro. Em seguida, a Brasilprev, empresa de previdência privada, contribuiu com a melhoria do resultado financeiro, devido à dinâmica mais favorável dos índices de inflação.
Dentre as empresas atribuíveis à holding, a Brasilprev obteve o maior crescimento de resultados, com um salto de 95,7% em 12 meses, totalizando R$ 337,195 milhões. Já na Brasilseg, o crescimento foi de 32,4%, chegando a R$ 724,236 milhões.
Outra parte significativa do resultado da BB Seguridade vem da distribuição dos produtos das empresas, gerando um resultado de R$ 706,795 milhões, o que representa um aumento de 11,9% no período de um ano.
O resultado financeiro consolidado da BB Seguridade e das empresas investidas atingiu R$ 376 milhões, registrando um crescimento de 125,9% em um ano e de 11,2% em um trimestre. Esse resultado correspondeu a 20,4% do lucro líquido, frente a 11,8% do mesmo período no ano passado.
A holding destaca que a deflação do IGP-M, que reduziu o custo do passivo atrelado aos planos de previdência de benefício definido, juntamente com o fechamento da estrutura a termo de juros futuros, o aumento da taxa Selic e a expansão do saldo médio de ativos financeiros, foram os principais fatores que contribuíram para essa variação.
Em junho, 45,3% da carteira de investimentos da holding e das investidas estava em ativos atrelados a índices de inflação, e outros 41,6% a títulos pós-fixados, ou seja, que variam de acordo com os juros. A taxa Selic média do período foi de 13,65%, em comparação com 12,37% do segundo trimestre de 2022, mantendo-se estável em relação ao primeiro trimestre deste ano.