A Be8 fez um anúncio estratégico de um investimento de R$ 300 milhões para produzir glúten vital nacionalmente. Esta produção será incorporada à planta existente de etanol, utilizando a proteína dos cereais como matéria-prima.
Até agora, o Brasil dependia inteiramente das importações de glúten. Este movimento ousado da Be8 visa substituir completamente o produto importado, oferecendo uma capacidade de produção anual de 35 mil toneladas e atendendo não só o Brasil, mas também o Mercosul. O glúten vital, essencial na panificação, é extraído de cereais como trigo e centeio. É utilizado para fortificar farinhas “standard”, contribuindo para o crescimento e o volume dos produtos de panificação.
O projeto será executado em etapas múltiplas e terá impacto significativo no mercado interno, especialmente no Rio Grande do Sul, onde reduzirá a necessidade de importação de trigo. Além disso, permitirá a utilização de matéria-prima local para a produção tanto de glúten quanto de biocombustível.
A expectativa é que esta nova linha de produção comece a funcionar em 2025, em sincronia com a produção de etanol. Este investimento ressalta o compromisso da Be8 em inovar e contribuir para o mercado alimentício, fortalecendo a indústria nacional e estabelecendo novas parcerias com produtores locais.
A Be8, fundada em 2005, é uma empresa brasileira integrante da Holding ECB Group, posicionando-se como líder na produção de biodiesel no país. Com um escritório em São Paulo, a companhia opera duas unidades produtivas de biodiesel situadas em Marialva e Passo Fundo (RS), sendo esta última cidade a localização de sua sede. Além das operações nacionais, a Be8 expandiu suas atividades para a Suíça, onde se dedica à negociação e produção de biocombustíveis de segunda geração. Nesse mercado, a empresa foca especificamente na fabricação de biodiesel utilizando óleo de cozinha usado, conhecido pela sigla em inglês UCO.