Na última quinta-feira (10/8), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) se manifestou sobre a possibilidade do encerramento do rotativo de cartão de crédito, um sistema que atualmente opera com juros anuais acima de 430%. A Febraban enfatizou a urgência de redefinir como os riscos são compartilhados, visto que os bancos emissores têm arcado majoritariamente com os custos da inadimplência.
A entidade expressa seu compromisso em buscar uma “transição harmoniosa”. Parte dessa transição poderia envolver o fim do crédito rotativo e a reformulação das opções de compras parceladas no cartão.
Conversas entre a Febraban, Ministério da Fazenda, Banco Central e representantes do varejo já estão em andamento. Apesar de as negociações estarem avançando, a Febraban sublinhou que ainda não há um cronograma fixo para a conclusão. A intenção é encontrar um meio-termo que seja vantajoso para os consumidores, sem comprometer a viabilidade do produto financeiro.
Para reforçar a seriedade do assunto, Roberto Campos Neto, líder do Banco Central, declarou em uma recente sessão do Senado que as deliberações sobre o término do sistema rotativo estão bem encaminhadas.