Na última semana, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, chamou atenção com sua postura em defesa de maior protagonismo para os estados do Sul e Sudeste. Em entrevista ao O Estado de S.Paulo, destacou que estas regiões representam 70% da economia brasileira e 56% da população. Ele defendeu que, ao contrário de outras regiões menores, Sul e Sudeste precisam de mais representatividade política em Brasília.
Zema não é novato em declarações contundentes. Em junho, durante um encontro do Conselho Sul-Sudeste (Cosud), ele frisou que nos estados membros do conselho, a proporção de trabalhadores supera os beneficiários de auxílio emergencial. Esta e outras falas colocam Zema em destaque como um potencial líder da direita brasileira para 2026.
Contudo, as declarações não foram bem vistas por todos. Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, retrucou, qualificando Zema como “ignorante”. Em contrapartida, Zema, em visita a Poços de Caldas, destacou que “enquanto trabalha, há aqueles que se dedicam à intriga”.
Para agravar a tensão, Zema não marcou presença no lançamento do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) no Rio de Janeiro, evitando um encontro com governadores do Norte e Nordeste após suas declarações polêmicas.
