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UFRJ inaugura planta piloto de hidrogênio verde em parceria Brasil-Alemanha

Agência Brasil

O Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) celebrou uma conquista significativa ao inaugurar uma planta piloto de produção de hidrogênio verde, fruto da parceria entre a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável.

A professora Andrea Santos, coordenadora do projeto e do Laboratório de Transporte Sustentável (LabTS), que faz parte do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe, explicou que a energia utilizada para produzir o hidrogênio provém de fontes renováveis. Através do uso de um sistema solar fotovoltaico, a Coppe emprega um processo de produção que envolve a eletrólise da água. O equipamento, conhecido como eletrolisador, desempenha o papel crucial de separar os gases, resultando na produção de hidrogênio (H2).

“Essencialmente, neste processo químico de produção, obtemos a liberação de oxigênio e vapor d’água. É um processo não poluente que gera hidrogênio como resultado final, sendo ambientalmente amigável”, explicou a professora Andrea. O hidrogênio verde gerado será utilizado em pesquisas nas áreas de energia e transporte na Coppe.

No campo da energia, a Coppe planeja investigar a utilização do hidrogênio na geração de eletricidade por meio de pilhas a combustível de óxido sólido. “Esta abordagem é particularmente relevante para o Brasil, dado seu vasto potencial para gerar energia a partir de fontes eólicas e solares. No entanto, a principal dificuldade reside na intermitência dessas fontes de energia”. A professora Andrea propõe que o hidrogênio pode ser usado como vetor energético, armazenando a energia gerada para ser utilizada posteriormente na geração de eletricidade.

Além disso, o hidrogênio verde também tem aplicações em diversos setores industriais. Desde a produção de aço verde e amônia para fertilizantes até a redução da dependência de importações de outros países, o hidrogênio verde está destinado a desempenhar um papel vital na transição para uma economia mais sustentável.

No campo da mobilidade, o projeto da Coppe envolve pesquisas em micro mobilidade, sendo exemplificada pela introdução de bicicletas movidas a hidrogênio. “Com isso, conseguimos uma autonomia de 150 quilômetros”, revelou a professora Andrea. Essa nova tecnologia representa um grande avanço em relação às bicicletas elétricas tradicionais, que têm uma autonomia muito mais limitada. A bicicleta movida a hidrogênio não depende de baterias, usando o hidrogênio como uma fonte de energia alternativa. Isso a torna mais amigável ao meio ambiente e com um alcance substancialmente maior.

A aplicação de hidrogênio verde não para por aí. A tecnologia também pode revolucionar o setor de entregas, possibilitando longas jornadas sem a necessidade de paradas frequentes para recarregar ou trocar veículos. Os pesquisadores da Coppe estão até mesmo considerando aplicar essa tecnologia em drones e na aviação, demonstrando o potencial multifacetado do hidrogênio verde.

Projeto H2 Brasil

A inauguração desta planta piloto faz parte do Projeto H2 Brasil, uma colaboração entre o Ministério de Minas e Energia do Brasil, o governo alemão e a Agência de Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ). Quatro laboratórios da Coppe estão envolvidos nas pesquisas, e espera-se que essa iniciativa não apenas impulsione avanços científicos, mas também eduque e capacite estudantes na área do hidrogênio e suas aplicações.

O hidrogênio verde emerge como um vetor energético crucial para combater as emissões de carbono e impulsionar a sustentabilidade em diversos setores. O Brasil está posicionado para liderar essa revolução, explorando seu vasto potencial em energia renovável e avançando rumo a uma economia de matriz mais limpa e responsável.

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