O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, encerrou o pregão desta segunda-feira (14) com uma baixa acentuada pelo décimo dia consecutivo. Esta série de quedas consecutivas marca o maior declínio desde 1984, com a performance desfavorável da Vale contribuindo significativamente para esse cenário.
Esta sequência prolongada de quedas não era observada desde o final de janeiro até o início de fevereiro de 1984, quando o Ibovespa permaneceu em território negativo por 11 sessões consecutivas, de acordo com dados da Refinitiv.
O Ibovespa registrou, nesta segunda, uma queda de 1,06%, fechando a sessão aos 116.809,55 pontos. O volume financeiro movimentado alcançou a marca de 22,3 bilhões de reais, destacando a intensa atividade no mercado.
O fluxo de investidores estrangeiros tem contribuído para a pressão sobre o mercado. Desde o início de agosto, as vendas de ações brasileiras superaram as compras por parte dos investidores estrangeiros, resultando em um saldo acumulado negativo de aproximadamente 6,6 bilhões de reais até o dia 10 do mês, excluindo as ofertas de ações.
Nesta sessão, a bolsa de valores brasileira foi influenciada pelo declínio dos preços das commodities no cenário internacional, incluindo petróleo e minério de ferro. No âmbito local, a divulgação do índice de atividade econômica IBC-Br também desempenhou um papel relevante.
O cenário de balanços corporativos no Brasil está em fase de encerramento, com diversos resultados a serem reportados ao longo da semana. A B3 divulgou seus números após o fechamento do mercado nesta segunda-feira, enquanto a Embraer divulgou seus resultados antes da abertura.
