36 horas após o apagão energético de terça-feira (15), que afetou cerca de 29 milhões de brasileiros em quase todo o país – com exceção de Roraima, as autoridades do sistema elétrico brasileiro ainda buscam respostas.
Em Brasília, desde as primeiras horas, Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, sentou-se à mesa com figuras-chave: Luiz Carlos Ciocchi, à frente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), e Angela Regina Livino de Carvalho, presidente interina da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
As primeiras investigações apontam que o transtorno pode ter se originado por dois eventos concomitantes, sendo um localizado no Ceará e o outro ainda um mistério. Este incidente cearense deflagrou uma interrupção na ligação elétrica entre Norte e Sudeste, levando a uma reação em cadeia e resultando em um corte estratégico de energia nas regiões Sul e Sudeste.
A cronologia do ONS indica que a interrupção começou às 8h31 e só foi completamente revertida às 14h49. Um relatório detalhado, a ser apresentado na quinta-feira (17), deve esclarecer as causas desse apagão.
Na esteira desses eventos, o ministro Alexandre Silveira classificou a situação como um “fenômeno altamente atípico” e solicitou não apenas a intervenção do seu ministério, mas também das autoridades federais para investigar possíveis motivações ou falhas. Esta chamada foi atendida pelo Ministério da Justiça, que prontamente encaminhou a solicitação à Polícia Federal. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), no entanto, ainda não se manifestou sobre o caso.
Rui Costa, ministro da Casa Civil, durante sua participação no programa Bom Dia Ministro, confirmou a ausência de explicações concretas para o apagão. Enquanto os detalhes permanecem incertos, Costa enfatiza sua confiança no sistema elétrico brasileiro, apontando que a raiz do problema possivelmente se origina de um erro técnico, e não de insuficiências na geração de energia