Nos primeiros sete meses de 2023, o México se destacou como o ponto de destaque nas exportações brasileiras de veículos. Enquanto outros mercados sul-americanos mostram sinais de declínio, o mercado mexicano registrou vendas internas recordes.
O aumento alavancado de 24% nos emplacamentos de autoveículos no México contrasta com a tendência de outros países sul-americanos. Segundo dados da Anfavea, a participação brasileira, especificamente, viu um salto impressionante de 89% nas exportações para o México. Esta taxa supera em muito o ritmo de crescimento do mercado automotivo mexicano, indicando que os produtos brasileiros estão ampliando sua presença no país. Este desenvolvimento positivo é, em grande parte, resultado de acordos de livre comércio em veículos leves, caminhões e ônibus entre Brasil e México.
Por outro lado, a Argentina, tradicionalmente o principal parceiro comercial do Brasil, está prestes a ser ultrapassada pelo México em 2023. Apesar do crescimento de 12% no mercado interno argentino, a presença de modelos brasileiros sofreu uma queda de 2,6%. Este decréscimo sugere uma preferência por produtos locais ou de outras nacionalidades.
O cenário no Chile é ainda mais desafiador, com uma queda drástica de 61% nas exportações brasileiras. Em contraste, a Colômbia apresentou um cenário onde, apesar do mercado local ter encolhido 60%, as exportações brasileiras diminuíram em apenas 42%, sinalizando um aumento na participação de mercado.
As exportações brasileiras totalizaram 257,6 mil unidades de janeiro a julho, uma retração de 10,6% em relação a 2022. Sem o aumento significativo nas exportações para o México, essa queda teria sido ainda mais pronunciada.
