Desde os anos 90, com o aumento da preocupação global em garantir a estabilidade do sistema financeiro, sistemas de garantia de depósito tornaram-se uma tendência mundial. O Brasil respondeu a essa demanda com a criação do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), reforçando a rede de proteção financeira do país.
Esse ímpeto resultou no nascimento do FGC em novembro de 1995, seguindo uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN). Ao contrário da percepção comum de ser apenas um “pagador de dívidas”, o FGC tem atuado proativamente para garantir a estabilidade financeira, muitas vezes de maneira discreta, mas eficaz.
A Evolução das Garantias
Inicialmente, o FGC garantia R$ 20 mil por pessoa contra a instituição financeira alvo. Esse valor passou por revisões ao longo dos anos, chegando a R$ 250 mil em 2013 como garantia ordinária. Em 2009, a garantia especial do FGC foi introduzida, voltada especialmente para Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE), protegendo até R$ 20 milhões por investidor.
Diferentes resoluções também afetaram os produtos garantidos pelo FGC. Em 2016, várias categorias, incluindo fundos de pensão e de investimento, perderam a cobertura de R$ 250 mil, embora ainda possam se beneficiar da garantia especial nos DPGE. Em dezembro de 2017, estabeleceu-se um limite de R$1 milhão por pessoa a cada 4 anos para certos ativos garantidos.
Além de Pagamentos
O FGC é financiado por contribuições das instituições financeiras, recolhendo 0,01% do valor dos depósitos totais. Mais do que uma simples entidade pagadora, sua missão é proteger e reforçar a confiança no sistema financeiro, assegurando que poupadores, correntistas e investidores tenham segurança em suas operações financeiras.
O FGC desempenha um papel crucial no panorama financeiro do Brasil, garantindo que o sistema financeiro permaneça robusto e confiável para todos os envolvidos.









