O setor industrial levanta apreensões quanto ao excesso de isenções presentes no projeto de reforma tributária, já aprovado pela Câmara dos Deputados e atualmente em processo de tramitação no Senado. A afirmação partiu de Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Durante o evento “Reflexões sobre a Reforma Tributária”, realizado na sede da Fundação Getulio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro, Andrade ressaltou que uma multiplicidade de isenções resultará em alíquotas mais elevadas. Ele reconheceu a importância de isenções em setores como saúde e educação, mas defendeu a necessidade de estabelecer limites.
O líder da CNI destacou que o sistema tributário em vigor penaliza desproporcionalmente a indústria em comparação com outras atividades econômicas, resultando em obstáculos aos investimentos. Andrade enfatizou que o setor industrial se encontra obrigado a efetuar pagamentos de impostos antes mesmo de iniciar o processo produtivo.
Andrade também observou que a reforma tributária, apesar de possivelmente não corresponder às aspirações individuais de todos, é um passo necessário para estabelecer maior equilíbrio. Ele reforçou a importância de se atingir uma distribuição mais justa dos encargos fiscais. “Precisamos buscar esse equilíbrio”, concluiu o presidente da CNI.