O apagão que atingiu 25 Estados do Brasil em 15 de agosto teve um impacto negativo no setor varejista, resultando em uma queda de 4,8% no faturamento do setor, de acordo com dados divulgados pela empresa de meios de pagamento Cielo nesta terça-feira (22).
A instabilidade na rede elétrica, cujas causas ainda estão sob investigação, resultou em interrupções no fornecimento de energia em quase todo o país, com aproximadamente 19 mil MW afetados – equivalente a um quarto dos 73 mil MW de carga registrada no momento do incidente.
O problema de distribuição de energia afetou todos os Estados, exceto Roraima. A análise da Cielo considerou o intervalo entre 8h30 e 15h, período afetado pela falta de energia, e comparou com o mesmo horário em 16 de agosto de 2022, também uma terça-feira. Ao avaliar o dia 15 como um todo, a redução foi de 1,9%, de acordo com a Cielo.
As regiões mais afetadas pelo apagão durante o intervalo examinado foram aquelas que apresentaram uma queda mais acentuada na atividade econômica. No Pará, por exemplo, o varejo encolheu 45,3%; no Maranhão, 40,8%. Na Bahia e no Ceará, as vendas caíram 29,5% e 29,3%, respectivamente, segundo a empresa de meios de pagamento. Considerando o dia 15 como um todo, o setor sofreu um declínio de 47,8% no Pará, 21,1% no Ceará, 12,9% no Maranhão e 10,6% na Bahia.
Carlos Alves, vice-presidente de produtos e tecnologia da Cielo, explicou que a disparidade de desempenho entre os Estados está diretamente ligada ao tempo de falta de energia. Ele observou que as unidades federativas do Norte e Nordeste do país foram mais afetadas devido à duração prolongada do apagão, enquanto as vendas nos Estados do Sul e Sudeste sofreram menos impacto.
São Paulo registrou uma queda de 2,8% nas vendas durante os horários analisados e uma diminuição de 1,9% ao longo do dia. No Rio de Janeiro, a queda foi de 0,5% durante o período de falta de energia e 0,6% ao longo do dia, de acordo com a Cielo.
