O cenário dos galpões logísticos no Brasil está passando por uma reviravolta. A medida que setores tradicionais da economia, como o automobilístico, agronegócio e farmacêutico, voltam a competir por esses espaços ,antes dominados pelas varejistas durante o auge do comércio eletrônico na pandemia.
A mudança de rumo é um reflexo da desaceleração no crescimento do e-commerce. Conforme indicam dados da Nielsen|Ebit, o faturamento desse setor teve uma alta de 41% em 2020, 27% em 2021, e somente 1,6% em 2022.
Essa baixa levou as empresas varejistas a reavaliar seus planos de expansão e a reduzir a corrida por galpões logísticos em todo o país.
“O que vimos no último ano foi uma redução na demanda das empresas de e-commerce que eram as protagonistas, como Mercado Livre, Amazon, Americanas, Via e Magazine Luiza”, aponta Rodrigo Couto, diretor de industrial e logística da CBRE.
Embora a demanda por galpões logísticos continue em alta. Essa demanda agora está menos dependente das varejistas do comércio eletrônico, conforme observa Couto.