A semana não começou bem para o Grupo Casas Bahia (VIIA3), anteriormente conhecido como Via. Na abertura do pregão desta quinta-feira (14), as ações da empresa testemunharam uma queda alarmante, liderando as perdas do Ibovespa. A drástica redução no preço das ações vem após uma oferta primária de ações (follow-on) que não atingiu as expectativas previstas, deixando os investidores preocupados e cautelosos.
A estratégia de lançamento de novas ações foi adotada pela varejista na tentativa de mitigar seu alto nível de endividamento. No entanto, o valor captado na oferta primária não atendeu às expectativas iniciais, indicando uma possível desconfiança dos investidores em relação ao futuro da empresa.
A precificação estabelecida em R$ 0,80 por ação representou um deságio de cerca de 25% em relação ao valor de negociação do dia anterior, uma evidência clara da falta de interesse dos investidores, que parece ter tido um impacto significativo nas negociações atuais.
Análise Financeira
Originalmente, a empresa aspirava levantar quase R$ 1 bilhão para fortalecer sua capitalização. No entanto, a oferta subsequente ficou aquém desse valor, com a empresa captando apenas R$ 622,9 milhões, um desconto de 27,9% comparado à cotação de fechamento da véspera, que estava em R$ 1,11.
A resposta do mercado foi imediata, com o preço da ação despencando 31,53% no início das negociações, estabilizando-se temporariamente em R$ 0,76.
Perspectiva Futura
Apesar do revés, o Grupo Casas Bahia planeja utilizar o capital adquirido para melhorar sua estrutura de capital. O endividamento bruto da companhia atingiu a marca de R$ 5 bilhões no segundo trimestre deste ano, com uma parcela considerável de R$ 1,5 bilhão sob risco sacado. Além disso, a empresa acumulou R$ 8,7 bilhões em empréstimos e financiamentos no primeiro semestre do ano, sendo R$ 5 bilhões destinados a operações de crediário com instituições financeiras.
