A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) anunciou uma investigação sobre a emissão de radiação pelo iPhone 12, após a suspensão das vendas na França devido a resultados de testes que excederam limites permitidos na União Europeia.
A agência brasileira seguirá o mesmo padrão de 2 Watts por quilo na média para a taxa de absorção específica (SAR). A Apple contesta os resultados dos testes e afirma que o aparelho está em conformidade com os padrões globais de radiação.
O iPhone 12, lançado em 2020, teve sua comercialização suspensa nas lojas online da Apple devido ao lançamento do novo modelo, o iPhone 15, nesta semana.
A agência francesa encontrou uma absorção de energia eletromagnética de 5,74 watts por quilo em testes simulando o uso do telefone na mão ou no bolso da calça.
O secretário de economia digital da França, Jean-Noel Barrot, afirmou que uma atualização de software pode corrigir os problemas de radiação e deu um prazo de duas semanas para a Apple responder. Caso contrário, ele ameaça ordenar um recall de todos os iPhones 12 em circulação.
Diversos países europeus estão monitorando a ação regulatória da França, o que pode levar a mais proibições. A Comissão Europeia e reguladores de outros países-membros foram notificados sobre a decisão.
É importante ressaltar que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, até o momento, não foram estabelecidos efeitos adversos à saúde causados pelo uso de telefones celulares.
A investigação da Anatel visa garantir a conformidade do iPhone 12 com as normas brasileiras de radiação. A Apple, por sua vez, mantém sua posição de que o aparelho está de acordo com os padrões globais.