O preço do barril de petróleo atingiu seu pico anual nesta quinta-feira(28), atingindo US$ 97,69, o valor mais alto desde agosto de 2022, quando ultrapassou US$ 100. Essa tendência coloca pressiona a Petrobras para ajustar os preços dos combustíveis no Brasil, a fim de evitar um aumento ainda maior na diferença em relação aos preços internacionais.
De acordo com a Abicom, a gasolina vendida pela Petrobras está com uma defasagem de 8%, o que equivale a R$ 0,27 por litro. Já a situação do diesel é mais crítica, com uma defasagem de 18%, representando um custo R$ 0,75 por litro abaixo dos preços internacionais.
Além disso, a decisão da Rússia de cortar as exportações de diesel em 30% pressiona por um aumento nos preços desse combustível. A Petrobras pode ser forçada a elevar seus preços para garantir o abastecimento, já que os importadores terão que recorrer a mercados mais caros devido à restrição russa.
A alta do preço do petróleo beneficia o Brasil como exportador, gerando mais receitas, especialmente para os Estados que recebem royalties da exploração. No entanto, a pressão para aumentar os preços dos combustíveis pode impactar a inflação.
A decisão da Petrobras enfrenta um dilema: ajustar os preços no mercado interno, o que pode afetar seus acionistas e ações, ou subsidiar os combustíveis, arriscando desabastecimento e perdendo o apoio dos importadores que complementam a demanda nacional.
