A Petrobras se prepara para iniciar a perfuração de dois poços exploratórios no bloco BM-POT-17, em águas profundas da Bacia Potiguar. Em 29 de setembro, a Petrobras recebeu a guia do Ibama, parte dos procedimentos para autorização das atividades no bloco BM-POT-17. A segunda-feira, dia 2, marca a concessão da licença ambiental.
A Petrobras enfatizou que atendeu a todos os requisitos do Ibama, incluindo a realização de um simulado de Avaliação Pré-Operacional no local. Esse procedimento comprovou a capacidade da empresa em responder de forma imediata e eficaz a vazamentos de petróleo, conforme comunicado oficial.
O simulado envolveu mais de mil pessoas, quatro aeronaves, cinco ambulâncias, 70 veículos terrestres e mais de 60 embarcações, com uma equipe composta por biólogos, veterinários e 300 agentes ambientais. Sendo assim, o objetivo era simular a contenção e recolhimento de petróleo, proteção costeira e de monitoramento, além do resgate e atendimento à fauna.
O procedimento de perfuração
Após a chegada da sonda ao local, a Petrobras dará início à perfuração dos poços exploratórios. O primeiro poço será perfurado a uma distância de 52 km da costa. Nesta fase, a empresa visa obter informações geológicas adicionais da área, avaliar a viabilidade econômica e a extensão da descoberta de petróleo feita em 2013, no poço de Pitu. Não está prevista a produção de petróleo nesta etapa.
A Bacia Potiguar abrange áreas marítimas dos estados do Rio Grande do Norte e Ceará e faz parte da Margem Equatorial brasileira, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte. Especialistas consideram essa região como uma das fronteiras mais promissoras do mundo para a exploração em águas profundas e ultraprofundas.
Além disso, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a importância dessas reservas estimadas, que podem chegar a 2 bilhões de barris de óleo in place, para o desenvolvimento das regiões Norte e Nordeste do Brasil. Ele ressaltou que a exploração de óleo e gás nessa região atrairá investimentos e gerará benefícios econômicos e sociais para as comunidades locais.
O ministro enfatizou a necessidade de continuar os estudos em outras bacias da Margem Equatorial. Ele também mencionou o bloco da Foz do Amazonas como um dos mais desejados pela Petrobras. Por fim, a exploração nesse local ainda aguarda aprovação do Ibama, que está resistindo a pressões políticas.