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Rússia suspende proibição de exportações de diesel

(Foto: Reprodução/Pé na Estrada)
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O governo russo comunicou hoje (06/10) que suspendeu a proibição das exportações de diesel por oleodutos através dos portos, retirando a maioria das restrições estabelecidas em 21 de setembro. Algumas limitações sobre as exportações de gasolina permanecem em vigor.

O diesel representa o principal produto petrolífero exportado pela Rússia, totalizando aproximadamente 35 milhões de toneladas no ano passado, sendo que quase três quartos desse montante foram transportados por oleodutos. Em 2022, a Rússia também exportou 4,8 milhões de toneladas de gasolina. O governo emitiu um comunicado, afirmando: “As restrições às exportações de diesel entregue aos portos marítimos por meio de dutos foram suspensas, desde que o fabricante disponibilize pelo menos 50% do diesel produzido para o mercado interno.”

As restrições às exportações de combustíveis pela Rússia, o maior exportador marítimo de combustíveis do mundo, superando os Estados Unidos, elevaram os preços globais e forçaram alguns compradores a buscar fontes alternativas de gasolina e diesel. Após a proibição da União Europeia às importações de combustíveis russos devido às ações de Moscou na Ucrânia, a Rússia redirecionou suas exportações de diesel e outros combustíveis para destinos como Brasil, Turquia, países do norte e oeste da África, além dos países do Golfo no Oriente Médio.

A Rússia enfrentou nos últimos meses escassez e altos preços de combustíveis, prejudicando especialmente os agricultores durante a época de colheita. A corretora BCS, com sede em Moscou, comentou: “A decisão das autoridades ajudará a resolver ambos os problemas, embora não de forma integral. Ainda esperamos mudanças tributárias em breve, eliminando oportunidades de arbitragem para comerciantes independentes lucrarem com exportações.”

Na sexta-feira, o governo também aumentou o imposto de exportação de combustível para revendedores que não produzem o combustível, de 20.000 rublos para 50.000 rublos (495,63 dólares) por tonelada, e reintegrou subsídios integrais para as refinarias de petróleo a partir de 1º de outubro. O governo está reprimindo as tentativas dos revendedores de adquirir combustível previamente para exportação futura, quando as restrições atuais forem suspensas, impedindo-os de exportar o combustível sob a fachada de outros produtos.