A China economizou quase $10 bilhões em importações de petróleo este ano devido a compras recordes de países sob sanções ocidentais, como Rússia, Irã e Venezuela. Essa economia foi um efeito não intencional das sanções impostas pelos Estados Unidos e outros países, resultando em custos mais baixos para importadores chineses. Essas importações mais baratas têm impulsionado os margens e a produção de refinarias chinesas, beneficiando especialmente as operadoras independentes conhecidas como “teapots”. Além disso, elas têm facilitado as exportações lucrativas de diesel e gasolina por refinarias estatais chinesas. Essas compras também fornecem uma importante fonte de receita para os países sob sanções.
No período de janeiro a setembro de 2023, a China importou um recorde de 2.765 milhões de barris de petróleo por dia por via marítima do Irã, Rússia e Venezuela, representando um quarto das importações chinesas, em comparação com 12% em 2020. Essa mudança tem impactado as importações de petróleo do Oriente Médio, África Ocidental e América do Sul. A economia gerada pelas importações mais baratas é significativa, principalmente para as refinarias independentes chinesas.
Enquanto a China se beneficia com essas importações de petróleo mais baratas, as sanções têm impactado negativamente as economias da Rússia, Irã e Venezuela. A China agora se destaca como um importante destino para suas exportações de petróleo, proporcionando um alívio econômico para esses países.
Apesar das vantagens para a China, as operadoras independentes chinesas, as “teapots,” enfrentam limitações de cotas de importação de petróleo, o que restringe seu potencial de economia. Além disso, regulamentações mais rigorosas podem afetar suas operações. No entanto, essa situação evidencia como as sanções internacionais têm implicações complexas no mercado global de petróleo e nas economias de diversos países.
