O México emitiu um decreto concedendo incentivos fiscais para atrair empresas que desejam realocar operações no país, com foco em setores de exportação, como fabricação de veículos e semicondutores. Os incentivos visam encorajar a “nearshoring”, a transferência de operações para mais perto dos clientes, em resposta a interrupções nas cadeias de suprimentos na Ásia durante a pandemia.
Embora sejam elogiadas, as medidas ainda suscitam preocupações sobre a infraestrutura inadequada e políticas energéticas que favorecem combustíveis fósseis. Para otimizar o “nearshoring”, o México deve investir em energia e água estáveis e manter um ambiente político favorável para o investimento. Investimentos estrangeiros anuais podem aumentar de US$ 36 bilhões em 2022 para até US$ 60 bilhões.
O decreto inclui deduções aceleradas de investimento e incentivos para treinamento de trabalhadores. As indústrias automobilísticas, agrícolas e de tecnologia estão entre as beneficiadas, com deduções superiores a 80%. O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, tem favorecido empresas de combustíveis fósseis, levando a preocupações sobre o fornecimento limitado de energia renovável. Para impulsionar a energia limpa e atrair investimentos, é necessário melhorar a infraestrutura e promover a colaboração público-privada.
Embora o México esteja se posicionando para atrair investimentos, a competição ainda é acirrada na América do Norte, América Central e Colômbia. Além disso, as políticas energéticas têm causado disputas comerciais com o Canadá e os Estados Unidos. A implementação eficaz dessas medidas para atrair investidores permanece em questão, e melhorias na infraestrutura e políticas favoráveis são essenciais para garantir o sucesso a longo prazo.
