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Elon Musk e os “chips cerebrais”

Foto: Reprodução/Internet

O magnata bilionário Elon Musk está trabalhando no desenvolvimento de tecnologia que visa possibilitar que pessoas com paralisia cerebral controlem objetos por meio do pensamento. Através de sua empresa inovadora, a Starlink, ele anunciou a abertura de inscrições para pacientes interessados neste revolucionário projeto.

Em maio, a empresa obteve a aprovação dos Estados Unidos para dar início a testes em seres humanos. Em setembro, um conselho independente deu luz verde para a seleção de participantes do estudo. A expectativa é de que essa tecnologia inovadora cause um impacto transformador no campo da saúde. Nos últimos sete anos, a Starlink vem desenvolvendo um chip de computador projetado para ser implantado no cérebro, onde monitora a atividade de milhares de neurônios.

Oficialmente denominado Interface Cérebro-Computador (ICC), esse chip consiste em uma pequena sonda com mais de 3.000 eletrodos ligados a fios flexíveis mais finos que um fio de cabelo humano.

Elon Musk tem a ambição de estabelecer uma conexão direta entre o cérebro e computadores, permitindo o download de informações e memórias, evocando a ideia apresentada no filme de ficção científica “Matrix”, lançado em 1999.

Além de tentar tratar condições como cegueira e paralisia, o objetivo de Musk é utilizar o chip da Neuralink para potencializar a telepatia humana, algo que, segundo ele, poderia ser fundamental em uma eventual disputa com a inteligência artificial.

Mas será que essa visão futurista pode ser concretizada? Em resumo, a resposta é negativa.

De acordo com Giacomo Valle, um engenheiro neural da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, “Não podemos ler a mente das pessoas. A quantidade de informação que podemos decodificar do cérebro é muito limitada.”

Juan Alvaro Gallego, pesquisador de ICC no Imperial College London, no Reino Unido, também compartilha essa visão. “O problema fundamental é que realmente não sabemos onde ou como os pensamentos são armazenados no cérebro. Não podemos ler pensamentos se não entendermos a neurociência por trás deles”, afirmou.

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