No meio da Floresta Amazônica, a seca severa de 2023 tem impactos profundos, afetando a navegação de navios que transportam cargas para a Zona Franca de Manaus (ZFM). A Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac) relata que a falta de chuvas está causando níveis extremamente baixos nos rios, dificultando a navegação.
Desde meados de setembro, as empresas deixaram de reservar contêineres para Manaus e interromperam os novos transportes de carga, considerando a navegação impossível na região. A seca já é a terceira pior da história, com o nível do Rio Negro apenas 28 centímetros acima do recorde de 2010. Dessa forma, afetando profundamente a logística, com 80% das empresas enfrentando dificuldades e 70% das cargas para Manaus chegando de navio.
Diante dessa crise, empresas estão recorrendo a balsas de menor capacidade para transportar mercadorias. No entanto, embarcações encalhadas se tornaram comuns, agravando a situação. A Zona Franca de Manaus enfrenta a possibilidade de não conseguir escoar seus produtos, o que pode resultar em escassez no mercado, especialmente durante a “Black Friday”.
As consequências econômicas são significativas, já que o último trimestre é crucial para a exportação de produtos da Zona Franca. A expectativa é que a intervenção emergencial nos rios Solimões e Amazonas permita a retomada da navegação, com início das obras programado para breve.