No Porto de Paranaguá, situado no litoral do Paraná e um dos principais portos graneleiros da América Latina, enfrenta-se uma corrida contra o tempo. A meta é despachar 3,5 milhões de toneladas de soja, 1 milhão de tonelada de farelo de soja e 500 mil toneladas de milho até dezembro. “Agora, no último trimestre, é hora de executar o que planejamos o ano todo e conseguir entregar o que o mercado vem nos demandando”, explica o diretor de operações Gabriel Vieira.
Atualmente, 14 navios estão atracados no Porto de Paranaguá, enquanto outros 54 aguardam na fila de espera para atracar no corredor de exportação leste, crucial para a saída de grãos. Todos os navios devem partir carregados até o final do ano. No entanto, o escoamento da safra é crucial, pois uma parte significativa dos grãos permanece estocada nos silos e armazéns do estado. De acordo com a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), 25% da produção de soja ainda está parada.
O gerente de desenvolvimento técnico da Ocepar, Flávio Turra, atribui essa situação aos preços. A capacidade de armazenagem do Paraná é de 32 milhões de toneladas de grãos, 8 milhões a menos do que o ideal. O estado corre o risco de ter dificuldades para armazenar a safra futura se o escoamento não for acelerado. Embora as chuvas de outubro tenham causado estragos em várias partes do Paraná, ainda não tiveram grandes impactos na safra 23/24. No entanto, a interrupção dos embarques no Porto de Paranaguá, devido às chuvas, representa uma perda diária de cerca de duzentas toneladas que deixam de ser embarcadas. A situação exige esforços para garantir que a produção agrícola seja eficientemente escoada, evitando problemas futuros no armazenamento e mantendo a economia regional em movimento.
