O Goldman Sachs demonstrou maior confiança em sua recomendação de venda das ações da BRF (BRFS3), após aumento de 12,9% no valor dos papéis da empresa na última segunda-feira (6). As expectativas de inclusão no rebalanceamento do MSCI Brazil amplamente impulsionaram esse crescimento, gerando especulações no mercado. O preço-alvo do Goldman para as ações BRFS3 é de R$ 7,70. Ou seja, uma queda de 40% em relação ao valor de fechamento anterior, de R$ 12,80. Os ativos BRFS3 fecharam em R$ 12,58 nesta terça-feira (7).
A nova composição do índice MSCI entrará em vigor em 1º de dezembro, com uma prévia em 14 de novembro. A Magazine Luiza (MGLU3) pode ceder espaço para a BRF, de acordo com analistas do Bank of America e do Morgan Stanley. No entanto, o Goldman Sachs mantém uma visão cautelosa devido a desafios de precificação, alta demanda elástica, aumento da concorrência e incertezas em relação ao fluxo de caixa livre. A BRF também anunciou a contratação de diversos bancos para uma oferta de fundo de investimento em direitos creditórios.
A BRF divulgará seus resultados em 13 de novembro, e apesar de melhorias no Ebitda, o Goldman Sachs prevê um fluxo de caixa livre negativo de R$ 521 milhões no terceiro trimestre, totalizando R$ 2,9 bilhões negativos no ano. As ações da BRF são negociadas a 5,4 vezes a previsão de Ebitda para os próximos 12 meses. O banco também observa desafios relacionados aos preços das matérias-primas e ao risco de queda nos lucros da empresa.
