O ano de 2023 presenciou um aumento significativo nos planos de saúde empresariais, com um reajuste que chegou a 25%. Este valor representa um acréscimo quatro vezes maior que a taxa de inflação, mantendo-se alinhado com a variação do ano anterior.
Os dados foram divulgados pelo BTG e baseados em números da Agência Nacional de Saúde (ANS). Assim, entre as grandes operadoras, a SulAmérica liderou os reajustes em 2023, com 25,8%, seguida por Bradesco (22,6%) e Amil (21,2%). Em contraste, a Hapvida/Intermédica e a Unimed Nacional registraram aumentos mais modestos, de 15% e 13,5%, respectivamente.
O setor, como um todo, teve um reajuste médio de 14,9% no último ano, um acréscimo de 2,2 pontos percentuais em relação a 2022. Os dados mais recentes, de novembro, mostram um aumento setorial de 16,5%, com a SulAmérica liderando com um reajuste de 28,1%, seguida por Amil (26,2%) e Bradesco (24,7%). Hapvida e Unimed Nacional apresentaram aumentos de 17,7% e 16%, respectivamente.
De acordo com o Valor Econômico, a Aon, consultoria de gestão de benefícios, identifica o aumento dos custos médicos, que em 2023 chegaram a 14%, como um dos principais fatores para esse reajuste. Além disso, o jornal informa que Thiago Torres, da Pipo, também espera uma redução nos gastos com saúde na segunda metade de 2024. Outro aspecto relevante é o descompasso iniciado em 2021 entre os preços dos planos e os custos médicos. Isso se deu após um reajuste negativo, quando as operadoras, influenciadas pela baixa sinistralidade devido ao isolamento social, ofertaram planos a preços reduzidos.