O interesse pelos museus mais visitados da França voltou a crescer em 2023, acompanhando a recuperação do turismo internacional. O Museu do Louvre recebeu 8,9 milhões de visitantes, alta de 14% em relação a 2022, embora ainda abaixo do patamar pré-pandemia. A administração da instituição projeta manter uma média de 30 mil visitantes por dia em 2024. Já o Palácio de Versalhes alcançou 8,1 milhões de entradas, com 18% de turistas vindos dos Estados Unidos, consolidando o retorno ao volume de público anterior à crise sanitária.
Museus mais visitados da França: destaques do Louvre, Versalhes e Orsay
Entre os grandes destaques de 2023 está o Museu d’Orsay, que registrou recorde de 3,9 milhões de visitantes, impulsionado por mostras como Manet-Degas e Van Gogh em Auvers-sur-Oise. Somado ao museu l’Orangerie, o conjunto ultrapassou 5,1 milhões de entradas. Já os 14 locais administrados pelos Museus de Paris também superaram expectativas, alcançando 5,3 milhões de visitantes. O Quai Branly se destacou ao crescer 40% em relação ao ano anterior, reforçando a atratividade da diversidade cultural francesa.
O papel das exposições nos museus
O sucesso de exposições temporárias teve impacto direto nos números. O Museu de Montmartre, por exemplo, registrou aumento de 44% e atingiu 180 mil visitantes. Mais de 110 mil deles foram atraídos apenas pela mostra Surrealismo Feminino?, realizada em cinco meses. A estratégia reforça como a programação curatorial pode ampliar a relevância de instituições de porte menor, equilibrando a atenção do público entre ícones globais como o Louvre e propostas de nicho.
Ciência e recordes completam o cenário dos museus mais visitados da França
Além das artes plásticas, a ciência também ganhou espaço na retomada. O complexo Universcience, que inclui a Cité des Sciences et de l’Industrie e o Etincelles no Palais de la Découverte, recebeu 2,45 milhões de visitantes em 2023. O desempenho evidencia o interesse crescente dos franceses por conhecimento científico. Com isso, o mapa cultural francês de 2023 consolidou não apenas a recuperação dos museus mais visitados da França, mas também a ascensão de espaços menores e temáticos.
A tendência indica que o setor cultural francês caminha para 2024 com desafios de gestão de fluxo, especialmente no Louvre, mas com perspectivas de retomada plena do turismo internacional. Se confirmadas as metas, o país deve reforçar sua posição como destino cultural de referência no mundo, conforme dados da AFP.