O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou uma mudança no setor aéreo brasileiro. Após uma reunião com o presidente Lula no Palácio do Planalto, ele informou que o programa Voa Brasil, focado em oferecer passagens aéreas a preços reduzidos, começará em 5 de fevereiro. Além disso, revelou planos de um fundo de cerca de R$ 5 bilhões para apoiar as companhias aéreas.
O Voa Brasil, uma iniciativa anunciada desde o ano passado, busca democratizar o acesso a viagens aéreas, segundo o Governo Federal. O programa prevê a venda de passagens a R$ 200 para segmentos específicos da população, com um limite estabelecido no número de passagens disponíveis a esse valor.
Junto ao programa de passagens, o ministro discutiu um plano de apoio financeiro para as companhias aéreas. O setor, duramente atingido pelos impactos econômicos recentes, receberá um impulso por meio de um fundo de financiamento. Este fundo, com a colaboração do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), destina-se a auxiliar as empresas na recuperação financeira. Elas poderão usar esses recursos para refinanciar dívidas e investir em manutenção e aquisição de novas aeronaves.
Ao mesmo tempo, o governo está trabalhando para reduzir os custos do querosene de aviação. Uma medida que deve beneficiar as companhias aéreas e pode contribuir para a redução dos preços das passagens. Em 2023, houve uma diminuição nesses custos, mas os esforços para diminuir ainda mais estão em andamento.
Como vai funcionar o Voa Brasil?
Empresas aéreas como Azul, Latam, Gol e Voepass já aderiram ao Voa Brasil. A iniciativa funcionará principalmente em meses de menor demanda, como março, abril, maio, agosto, setembro, outubro e novembro. Isso permite às empresas oferecerem preços mais baixos sem comprometer sua rentabilidade.
Os participantes poderão adquirir até duas passagens por ano, com direito a um acompanhante em cada trecho. Dessa forma, o pagamento poderá ser parcelado em até 12 vezes, com juros, proporcionando maior flexibilidade.
A primeira fase do programa beneficiará aposentados do INSS e bolsistas do Prouni. Em seguida, o Governo deve ampliar o programa para um público maior, de acordo com as informações divulgadas.