O rompimento das minas de sal-gema em Maceió, capital de Alagoas, resultou no deslocamento forçado de milhares de pessoas. Assim, bairros inteiros foram transformados em áreas desabitadas. Em meio a este cenário, João Pinheiro Nogueira Batista, conselheiro da Braskem e CEO da Lojas Marisa, trouxe à tona as seguintes palavras:
“A dita tragédia de Maceió não existiu. Graças a Deus não morreu ninguém. A ação coordenada de todos e a liderança da Braskem evitaram a tragédia. Não perdemos uma vida”. Embora esta afirmação publicada no LinkedIn de João Pinheiro, ressalte o sucesso em evitar fatalidades, ela gerou debates sobre a magnitude dos impactos ocorridos e as responsabilidades decorrentes. Após críticas, o conselheiro editou a postagem e mudou as palavras para: “Entendo perfeitamente a dimensão dos acontecimentos em Maceió e seus impactos diretos nas pessoas, podemos comemorar que em termos de vidas perdidas, a tragédia não existiu.”
O impacto do desastre e a resposta corporativa
As consequências do incidente foram imensas. Visto que, mais de 14 mil famílias perderam seus lares, e aproximadamente 57 mil pessoas tiveram as vidas alteradas. Por conseguinte, a Braskem tomou algumas medidas. “Muitas [das famílias] nem tinham a documentação [do imóvel] em ordem e foram devidamente indenizadas”, afirmou João Pinheiro. Em suma, as ações da empresa incluíram indenizações e a realocação das famílias afetadas para garantir sua segurança.
A visão de João Pinheiro e o processo de indenização
O integrante do conselho de administração da Braskem, em suas declarações, parece buscar um equilíbrio entre reconhecer os esforços da Braskem e minimizar a percepção de catástrofe. “Os valores [de indenização] foram acima da média. Há um provisionamento bilionário no balanço para as reparações e transferimos essas pessoas o mais rápido possível para evitar mortes. Tenho orgulho de fazer parte do conselho de administração que liderou todo esse processo,” disse ele à coluna Painel S.A da Folha de São Paulo, enfatizando a responsabilidade e a ação efetiva da empresa diante da crise.
O processo de indenização, que começou em 2019, revelou a complexidade e o impacto do rompimento das minas de sal-gema na capital de Alagoas. A Braskem provisionou R$ 14,4 bilhões em indenizações e ações, dos quais R$ 9,2 bilhões já foram desembolsados.