Banco Master expande no varejo com aquisição do Will Bank

O Banco Master anunciou recentemente a aquisição do Will Bank, um banco digital que conta com mais de seis milhões de clientes, majoritariamente no Nordeste. Esta estratégia expande a presença do Banco Master no varejo para 10,5 milhões de clientes em todo o Brasil, marcando uma fase de expansão agressiva.

A aquisição surge em um momento chave, logo após o Banco Master divulgar a compra do Voiter, anteriormente conhecido como Indusval, uma ação que já havia fortalecido a posição do banco no setor agro e consolidado sua atuação no mercado de atacado. Com a incorporação do Will Bank, o Banco Master não só diversifica sua oferta de produtos, com destaque para os cartões de crédito, mas também reforça sua capacidade de atendimento ao consumidor.

O Will Bank, reconhecido por sua robusta plataforma digital e uma ampla gama de serviços financeiros, passará a operar sob a égide do Banco Master, que planeja expandir ainda mais os serviços oferecidos. A XP Investimentos, até então acionista minoritária do Will Bank, continuará a participar do negócio através de seu fundo de private equity, com Chu Kong, um dos fundadores do Will Bank e sócio da XP, permanecendo no conselho administrativo.

Objetivos da aquisição

Com um patrimônio líquido almejado de R$ 5 bilhões até o final do ano, o Banco Master está otimista com as novas oportunidades que a aquisição do Will Bank apresenta. De acordo com Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master, essa união é importante para a criação de um ecossistema digital completo, que permitirá a oferta de uma gama ainda mais vasta de produtos financeiros, incluindo créditos e seguros para uma base de clientes ampliada.

Além disso, Augusto Lima, CEO e responsável pelo setor de varejo do Banco Master, enfatizou o potencial da tecnologia em acelerar o desenvolvimento de novos produtos e serviços, melhorando a experiência do cliente e ampliando a capacidade de atendimento do banco.

Sobre o Will Bank

Fundada em 2017 por Giovanni Piana, Walter Piana e Felipe Felix, a fintech originalmente conhecida como Meu Pag! iniciou sua jornada no mercado financeiro. Desde o início, o Will Bank, como veio a ser conhecido mais tarde, se estabeleceu com a missão de inovar no setor financeiro.

Em 2019, a empresa passou por uma reestruturação significativa, marcando um ponto de virada em sua história. Esse processo não só envolveu a mudança de seu nome de Meu Pag! para Will Bank, mas também uma transição em seu modelo de negócio, de uma carteira de pagamentos para um banco digital completo. Esta transformação sinalizou o início de uma nova era para a fintech, alinhando-se com as tendências de digitalização do setor financeiro e expandindo suas ofertas de serviços.

O ano de 2020 evidenciou o sucesso dessa transição, com a receita da empresa ultrapassando os R$ 500 milhões, um marco que destacou o crescimento expressivo do Will Bank no mercado. Este crescimento continuou em uma trajetória ascendente e, no final de 2021, a fintech alcançou outro marco. Recebeu um aporte de R$ 250 milhões proveniente do private equity da XP e da Atmos, o que não apenas fortaleceu sua posição financeira, mas também impulsionou sua receita bruta para além dos R$ 800 milhões.

No entanto, 2021 também foi um ano de mudanças na estrutura de propriedade do Will Bank. A conclusão dessa transação financeira levou à saída dos fundadores e da Atmos do negócio. Apesar dessas mudanças, Chu Kong, cofundador do Will Bank e parceiro da XP, manteve-se como conselheiro da fintech, garantindo a continuidade da visão original da empresa.

Avançando para 2022, o Will Bank demonstrou ainda mais sua capacidade de crescimento e inovação. As transações de cartão de crédito quase atingiram a impressionante marca de R$ 13 bilhões. Motivados por esse sucesso, a meta estabelecida para o ano corrente é superar os R$ 20 bilhões em transações, evidenciando a ambição contínua do Will Bank em expandir sua presença e influência no mercado financeiro digital.