O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, falou sobre a necessidade de discutir o futuro do crédito imobiliário via Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), em anúncio dos resultados do último trimestre, nesta quarta-feira (28). Ele alertou para possíveis dificuldades a partir de 2025, ressaltando a importância de abordar o tema com urgência. Vieira mencionou a competição crescente com outros investimentos, que pode influenciar negativamente os depósitos em poupança, mesmo diante de uma eventual queda de juros.
Entre as alternativas sugeridas por Vieira está a discussão sobre o compulsório da poupança, que não sofre alterações desde 2018, e a securitização, um instrumento financeiro que o banco utilizou em apenas duas ocasiões. Vieira também propôs a busca por estabilidade através de ativos de longo prazo oriundos do exterior.
Inês Magalhães, vice-presidente de Habitação da Caixa, reforçou o compromisso da instituição com o crédito imobiliário através do SBPE, mantendo investimentos na ordem de R$ 75 bilhões. Além disso, destacou o sucesso do programa Minha Casa Minha Vida, especialmente na retomada da faixa 1, com recursos diretos da União, e as mudanças promovidas pelo Ministério das Cidades para impulsionar o financiamento com recursos do FGTS.
A respeito da inadimplência, Henriete Sartori, vice-presidente de Riscos, mencionou que, apesar da expectativa de manutenção nos níveis atuais para 2024, a instituição tem conseguido recuperar uma grande parte das perdas através do fundo garantidor, especialmente nas operações vinculadas ao Pronampe.
O presidente da Caixa também comentou sobre a contratação de 4 mil novos funcionários, dos quais 2 mil serão destinados à área de tecnologia, refletindo a necessidade de expansão e melhoria dos serviços oferecidos pela Caixa, que segue com o foco na digitalização e na acessibilidade dos serviços bancários em todo o território nacional.
Finalmente, Carlos Vieira salientou o compromisso da Caixa com a inclusão financeira e a importância de manter um olhar atento às necessidades dos clientes menos favorecidos, além de reforçar o papel da instituição como parceira fundamental do governo federal em iniciativas de fomento econômico e social.
