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Polícia Federal prende dois empresários de rede de atacados

Mandados expedidos pelo STF e acusações na CLDF

Polícia Federal
(Imagem: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)
Polícia Federal
(Imagem: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Na manhã desta quinta-feira (29), a Polícia Federal efetuou a prisão de dois empresários ligados a uma rede atacadista durante a operação Lesa Pátria. Assim, a ação tem como objetivo cumprir 34 mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre eles, 24 mandados são de busca e apreensão, três de prisão preventiva e sete de monitoramento eletrônico. A operação abrange diversos estados, como Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.

Os presos foram os empresários Joveci Xavier de Andrade e Adauto Lúcio de Mesquita, sócios da Melhor Atacadista, uma empresa de supermercados com atuação no Distrito Federal. A marca é fruto da união de dois grupos empresariais, que atende tanto o varejo pessoa física quanto o atacado pessoa jurídica.

A empresa possui oito filiais estrategicamente localizadas em Samambaia, Riacho Fundo I, Riacho Fundo II, Areal (Águas Claras), Guará II, Vicente Pires, no Distrito Federal. Além disso, tem outras duas filiais em Formosa e Valparaíso, em Goiás.

Investigação

As investigações apontam que Joveci Andrade e Adauto Mesquita estiveram envolvidos em atividades no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. De acordo com a investigação, ambos teriam fornecido suporte financeiro aos acampados. Além disso, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa (CLDF) os convocou para depor e os indiciou por incitação ao crime equiparado pela animosidade das Forças Armadas e associação criminosa.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a prisão dos empresários e também determinou mandados de busca e apreensão em locais ligados a eles, além da indisponibilidade dos bens, ativos e valores. A ação visa investigar e responsabilizar as pessoas envolvidas em atividades prejudiciais à sociedade e ao Estado, como no ataque de 8 de janeiro de 2023 às sedes dos três poderes em Brasília. Conforme a investigação, estima-se que o valor dos danos causados ao patrimônio público nos ataques possa chegar a R$ 40 milhões.