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Confira os desafios no transporte de café no Porto de Santos

Atrasos e alterações impactam exportadores.

Porto de Santos
Porto de Santos - Divulgação: Agência Brasil - Foto: Ricardo Botelho/Minfra
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Porto de Santos - Divulgação: Agência Brasil - Foto: Ricardo Botelho/Minfra

O boletim Detention Zero (DTZ), desenvolvido pela startup ElloX Digital em colaboração com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), revelou que, em fevereiro de 2024, o Porto de Santos enfrentou desafios no transporte de café. O índice de alterações de escalas e atrasos de navios atingiu 75%. Então, envolveu um total de 75 porta-contêineres dedicados ao transporte do grão.

Apesar de uma ligeira melhora em relação a janeiro, esse índice permanece acima de 75%. É um patamar comumente observado durante os picos de safras de café, açúcar e algodão, como registrado no segundo semestre de 2023. Em fevereiro, embora o mês não apresentasse um grande volume de açúcar, o montante embarcado de algodão influenciou os atrasos para o café.

Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé, ressaltou os problemas persistentes relacionados à abertura de gates nos terminais, continuam impactando o planejamento de embarques das empresas. Sendo assim, gera custos adicionais aos exportadores. Segundo o boletim, apenas 13% dos procedimentos de embarque cumpriram prazos superiores a quatro dias de gate aberto por navios durante fevereiro. A maioria, cerca de 66%, teve entre três e quatro dias. Entretanto, 21% tiveram menos de dois dias de período de gate aberto.

Adicionalmente, aproximadamente 23 navios enfrentaram o desafio de não terem sequer uma abertura de gate. Contudo, gerou custos não previstos para os exportadores, que precisaram arcar com o ‘pré-stacking’, uma situação na qual os contêineres precisam ser armazenados em terminais de apoio. Os dados evidenciam os desafios contínuos na logística portuária, destacando a necessidade de ações para melhorar a eficiência do transporte de cargas, especialmente no segmento de café.