A Nvidia, gigante da tecnologia, enfrenta acusações legais e foi processada por três autores que alegam que a empresa usou suas obras literárias sem permissão para treinar a plataforma de inteligência artificial NeMo. Este caso se insere em uma série crescente de questões judiciais relacionados a direitos autorais e uso de IA.
Brian Keene, Abdi Nazemian e Stewart O’Nan afirmam que a Nvidia incorporou seus romances – “Ghost Walk” (2008), “Like a Love Story” (2019) e “Last Night at the Lobster” (2007), respectivamente – ao treinamento do NeMo para simular linguagem escrita natural. A remoção subsequente do conteúdo pela Nvidia, após uma denúncia de violação de direitos autorais em outubro, é vista pelos autores como uma admissão de culpa por parte da empresa.
A indenização requerida e o contexto maior
Embora o montante exato da indenização não tenha sido divulgado, a ação busca compensação para todos nos Estados Unidos cujas obras protegidas tenham sido utilizadas para treinar o NeMo nos últimos três anos. Esse processo se soma a outros desafios legais enfrentados pela Nvidia, além de casos similares envolvendo a OpenAI, criadora do ChatGPT, que também tem enfrentado ações judiciais por questões de direitos autorais.
O que é Nvidia NeMo?
O NeMo da Nvidia é uma plataforma de IA na nuvem desenhada para facilitar o desenvolvimento de aplicativos que necessitem de conhecimento específico, utilizando modelos de linguagem com habilidades funcionais. A ferramenta, capaz de gerar textos e imagens através de IA generativa, está no centro dessa controvérsia de direitos autorais.
Implicações do processo para o campo da IA
Esta disputa judicial contra a Nvidia destaca as complexidades legais e éticas envolvendo o desenvolvimento de tecnologias de IA. À medida que mais empresas recorrem à inteligência artificial para uma variedade de aplicações, a questão dos direitos autorais surge como um tema crítico, exigindo um equilíbrio entre inovação tecnológica e respeito à propriedade intelectual.