A rede Subway entregou à Justiça de São Paulo um pedido de recuperação judicial na última segunda-feira (11), revelando um endividamento de R$ 482 milhões. A iniciativa, liderada pelo grupo Southrock, que também detém o controle da Starbucks, vem após a Subway ter sido deixada de fora de um processo de recuperação judicial iniciado em dezembro de 2013 pelo grupo.
A apresentação do pedido segue um precedente similar ao ocorrido com a Starbucks em outubro de 2023, quando a suspensão das negociações com a detentora da marca levou à solicitação de proteção judicial pelo grupo Southrock. De maneira semelhante, a Subway viu-se forçada a pedir a recuperação judicial após a notificação da proprietária americana da marca, que resultou na rescisão de um acordo de tolerância.
Esse acordo permitia que a Southrock continuasse operando como franqueadora master da Subway no Brasil, visando uma transição ordenada para um novo controlador. No entanto, a interrupção abrupta das negociações por um grupo de credores, que passou a exigir o pagamento imediato de suas dívidas, precipitou a situação.
Representantes da Subway indicam que a rescisão do acordo impactou as receitas, tornando essencial a busca por uma reestruturação organizada. A solicitação legal pede que o caso da Subway seja tratado em conjunto com a ação principal já em andamento.
Até o momento, o juiz Adler Batista Oliveira Nobre, responsável pela 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, ainda não proferiu uma decisão definitiva, aguardando manifestação do administrador judicial.
A decisão de incluir a Subway no pedido de recuperação judicial do grupo Southrock reflete a deterioração das condições financeiras da rede, atribuída à pandemia e a uma recuperação econômica lenta. A Southrock, atuando apenas como franqueadora no Brasil, ressalta que a crise é temporária e solucionável.
