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Usina nuclear pode elevar conta de luz em 2,9% por ano

Desafios financeiros e impactos na energia

conta de energia - usina nuclear
(Imagem: Pixabay)
conta de energia - usina nuclear
(Imagem: Pixabay)

A construção da usina nuclear de Angra 3, iniciada em 1981, enfrenta novos desafios financeiros. Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que a energia gerada por Angra 3 poderá elevar a conta de luz em 2,9% ao ano. Os cálculos, feitos pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apontam que o custo total da usina para os consumidores pode chegar a R$ 43 bilhões.

A Corte de Contas decidiu que o governo deve considerar esse custo ao decidir sobre a continuidade das obras de Angra 3. O ministro Jorge Oliveira, relator do processo, destacou que os encargos para os consumidores seriam maiores com a conclusão da usina do que com o abandono, conforme as simulações da EPE.

O custo estimado para a conclusão das obras é de R$ 19,4 bilhões, enquanto o custo de abandono é de R$ 13,6 bilhões. A Eletronuclear, responsável pelo empreendimento, contratou o BNDES para elaborar um modelo de financiamento que ainda não finalizou, visando cobrir esses custos.

A Eletronuclear retomou o “caminho crítico” da usina em 2020, após várias interrupções ao longo dos anos, sendo essencial para concluir a usina até 2029. No entanto, relatórios do TCU indicam um ritmo reduzido nas obras, o que pode impactar o cronograma.

Futuro

A definição sobre o futuro de Angra 3 cabe ao governo, que precisa decidir se continuará as obras ou abandonará o projeto. O Conselho Nacional de Política Energética, composto por ministros do governo e pelo presidente, deve aprovar a tarifa de energia proposta pelo BNDES.

Durante a sessão do TCU, ministros expressaram preocupação com o custo da obra paralisada. Atualmente, o valor dos custos chega a mais de R$ 2 bilhões por ano. Os brasileiros aguardam com expectativa a decisão sobre o destino de Angra 3, pois ela influenciará não apenas o setor energético, mas também a economia e os consumidores.